sexta-feira, outubro 28

Charge

Eis o Cão chupando manga

Gastos acumulados pelo Esporte beiram R$ 5 bilhões

PC do B está à frente da pasta desde 2003; ritmo de gastos nos últimos oito anos e nove meses desenha uma curva cujo ápice coincide com a realização dos jogos Pan-Americanos de 2007.
 
Emendas parlamentares que destinam dinheiro público para as bases políticas de deputados e senadores por meio de convênios - sobretudo para a construção de quadras esportivas - são o motor do Ministério do Esporte. Recém-separada do Ministério do Turismo, a pasta foi entregue ao PCdoB em 2003 e, desde então, seus gastos ultrapassam R$ 5 bilhões.

“Chefe de quadrilha” e deputado cassado por corrupção defende Fernando Haddad

A última pessoa que defendeu a permanência de Orlando Silva no Ministério do Esporte foi o “chefe de quadrilha” (segundo a Procuradoria Geral da República) e deputado cassado por corrupção José Dirceu. Pois bem.
 
Ele arrumou agora uma nova causa: a defesa de Fernando Haddad. Segundo o preclaro, “o MEC e o ministro não podem e nem devem ser responsabilizados por fraudes ou tentativas de fraude”. Claro, tudo culpa dos cearenses!
A qualidade do advogado revela a justeza da causa.

MPF denuncia Marcos Valério por lavagem de dinheiro



O Ministério Público Federal protocolou, em Belo Horizonte, nova ação contra Marcos Valério. O provedor das arcas clandestinas do mensalão é acusado agora da prática do crime de lavagem de dinheiro. Acompanha Valério na ação a mulher dele, Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza, acusada de cometer o mesmo crime. A Procuradoria anota na denúncia que Valério era sócio de Renilda numa empresa chamada 2S Participações. Em 2005, ano em que o mensalão explodiu, o Coaf (Conselho Administrativo de Atividades Financeiras) farejou operações bancárias atípicas.


Detectaram-se “transferências de vários milhões de reais” entre as contas da 2S e de Renilda. Quanto? A notícia veiculada no site da Procuradoria não informa. Guiando-se pelos achados do Coaf, o Ministério Público abriu uma investigação. Obteve da Justiça Federal autorização para quebrar o sigilo das contas. Cotejou os extratos bancários com a movimentação das verbas que financiaram a empreitada mensaleira que unira Valério ao PT. Submetidos a perícia, os dados revelaram que parte significativa dos recursos que passearam pelas contas de Renilda, de Valério e da S2 tinham origem comum. O dinheiro vinha de contas abertas no Banco Rural e no Banco do Brasil pela SMP&B Comunicação e pela DNA Propaganda. 


Segundo a denúncia, são as mesmas contas que “foram utilizadas para operar o esquema do mensalão…” “…E para a percepção de dinheiro desviado dos cofres públicos ou oriundos de crimes financeiros." A documentação bancária mostrou que Valério e Renilda tinham “livre acesso” às contas da 2S Participações, abastecidas com a verba suja do mensalão. O vaivém do dinheiro, acusa a Procuradoria, tinha “o objetivo de ocultar e dissimular a natureza, origem e movimentação” dos recursos provenientes esquema mensaleiro. Além de figurar como réu no processo que corre no STF, Valério já responde em Belo Horizonte a 10 ações que tiveram origem no mensalão. Numa delas, foi condenado.