quinta-feira, fevereiro 10

Mínimo de R$ 600 é ‘factível’, afirma Serra na Câmara




Na tentativa de recuperar espaço dentro do PSDB, o candidato derrotado à Presidência da República, José Serra (SP), reuniu-se nesta quarta-feira, 9, com a bancada da Câmara e do Senado para pregar a unidade do partido e uma oposição consistente ao governo de Dilma Rousseff. Na opinião dele, o salário mínimo de R$ 600 é "factível" e não coloca em risco as contas públicas.

Sem revelar se é candidato ou não à presidência do PSDB, Serra defendeu a criação do 11.º mandamento para o partido: tucano não fala mal de tucano. "Não atacarás o seu companheiro de partido para não servires ao teu adversário", resumiu o ex-governador de São Paulo, durante palestra à bancada da Câmara.

Foi um recado aos deputados tucanos que, no início do mês, fizeram abaixo-assinado defendendo a recondução do deputado Sérgio Guerra (PE) à presidência do PSDB. "Esse mandamento não vale para o meu lado porque eu nunca disse uma palavra contra o Serra. Nunca fiz a menor critica ao nosso candidato", rebateu Guerra. "É preciso um bom convívio entre os tucanos para que eles não se biquem entre si", observou o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP). 

Serra mostrou-se humilde diante da bancada tucana. "Depois da eleição, tem momentos em que me sinto bem e outros em que me sinto mal", admitiu. "Estou aqui para ajudar. Vou servir ao Brasil e ao partido." 

Depois do desabafo com os deputados, Serra foi para o Senado almoçar com os senadores tucanos. Fez questão de abraçar e posar para fotos ao lado do senador Aécio Neves (MG). Os dois são adversários dentro do partido: ambos têm pretensões de ser o candidato tucano à Presidência da República, em 2014.

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