O governador Confúcio Moura (PMDB) ganha R$ 20.042,00 de salário. O vice-governador recebe mensalmente o mesmo valor. Os secretários, um pouquinho menos: R$ 16.434,00. Se os deputados estaduais aprovarem, Confúcio e o vice Airton Gurgacz terão um reajuste de R$ 5.011,00 cada um, enquanto os secretários receberão um reajuste de mais R$ 4.108,50. É o que prevê projeto de lei encaminhado pelo governador no dia 10 de março ao Poder Legislativo, para ser votado em regime de urgência.
Disfarçadamente, o projeto seria para compensar o primeiro escalão do Governo, inclusive o próprio Confúcio e Airton Gurgacz, pela retirada de uma outra proposta que previa auxílio moradia a todos os secretários, mas, na verdade, trata-se de um reajuste disfarçado para um pequeno grupo de pessoas ligadas ao governador, em detrimento de milhares de servidores públicos. No total, o governador, seu vice e os secretários receberão reajuste de 25%.
Até agora, Confúcio se recusa a falar de reajuste ou de qualquer melhoria salarial para os servidores públicos, contrariando o que havia prometido durante sua campanha eleitoral. O clima de revolta entre os servidores é grande. A esmagadora maioria se sente traída, ludibriada e enganada pelo governador. Os agentes penitenciários, por exemplo, seriam os primeiros a receber reajuste – segundo promessa feita pelo então candidato durante a última campanha eleitoral-, mas até agora não receberam um tostão de aumento. O mesmo acontece com os trabalhadores em educação, da saúde e de outros setores, que votaram maciçamente em Confúcio, contribuindo para sua vitória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário