terça-feira, março 1

Oposição liga os cortes às ‘falsas promessas’ de 2010


Depois de abertas às urnas, toda eleição resulta numa dose de surpresa, assombro, admiração. Com Dilma Rousseff, a taxa de “sim senhor, quem diria!?” está orçada, por ora, em R$ 50 bilhões. Esmiuçados os ajustes que a candidata dizia que a presidente não faria, a deu o ar de sua graça. "A fatura da falsa propaganda que o governo do PT fez para eleger a presidente Dilma chegou. E o brasileiro vai pagar a conta", disse ACM Neto (DEM-BA).


"Não serão apenas R$ 50 bilhões. [...] No final do ano vamos ver que esses cortes foram muito maiores", ecoou Alvaro Dias (PSDB-PR). Fiel escudeiro de José Serra, o tucano que Dilma derrotou, o senador Aloyzio Nunes Ferreira (PSDB-SP) tripudiou: "Gastou-se demais na campanha, agora chegou a conta. E o governo não para de inchar a máquina pública, agora vão criar ainda mais um ministério".

Campanhas eleitorais são períodos em que um grupo de loucos apresenta sua plataforma para dirigir o hospício. Submetido a boas propagandas, o dono do voto acredita até em ovo sem casca. Forca vira instrumento de corda. Com Serra ou Dilma, o país não escaparia da faca. A diferença é que Serra estaria liberado para realçar o legado fiscal malévolo de Lula. A inevitabilidade dos ajustes insinuava-se nas curvas da inflação, já sinuosas em 2010.

O diabo é que palanque rima com otimismo, que conduz à cegueira, que impede a maioria de enxergar que todas as letras de possível estão contidas em impossível.

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